Pra fechar o assunto de Tesouro Direto, vamos agora falar sobre quais os custos envolvidos nesse tipo de investimento. Já adianto logo que são 5, os 3 últimos você pode evitar e sua rentabilidade vai ganhar de lavada da poupança.
Vamos lá!
#1. Imposto de Renda
Esse vídeo aqui é inspirado no texto do meu amigo e economista Diogo Freire, que escreveu há um tempo em nosso blog e fez esse levantamento aqui pra gente.
O Imposto de Renda é o primeiro de todos e dele não tem como fugir. Sempre que você receber dinheiro, seja no vencimento, juros semestrais ou venda antecipada, você vai pagar uma taxa para o governo.
Ele segue a tal da tabela regressiva: quanto mais tempo você deixar o dinheiro aplicado, menos você pagará de imposto.
Funciona assim:
- Para aplicações resgatadas em até 180 dias será cobrado IR de 22,5%
- Entre 181 e 360 dias: 20%
- Entre 361 e 720 dias (ou seja, entre 1 e 2 anos): 17,5%
- E por fim, acima de 721 dias (ou seja, 2 anos): 15%.
Importante lembrar que essa taxa só é cobrada sobre o que você ganhou, não é sobre o valor todo. E se teve prejuízo, não tem imposto.
#2. Taxa de Custódia da B3
Dessa aqui também não há escapatória. Seus títulos são guardados pela B3, que é junção entre a bolsa de valores e a cetip.
Pra guardar os seus títulos, ela te cobra uma taxa de 0,3% ao ano, e diferente do IR, essa taxa é cobrada sobre todo o seu dinheiro, e não somente sobre aquilo que você ganhou.
Isso quer dizer que se você tiver, ao longo de um ano inteiro, 10 mil reais em investimentos no Tesouro, a bolsa vai te cobrar 30 reais. Essa cobrança é feita proporcionalmente ao tempo que você mantém o dinheiro por lá.
Além disso, ela é cobrada semestralmente, no primeiro dia útil de janeiro e julho, ou quando houver pagamentos de juros ou resgate, o que acontecer primeiro.
Porém, ela só será cobrada em janeiro ou julho se o valor for maior que a quantia de 10 reais.
Importante chamar atenção, também, que essa taxa será cobrada do saldo que estiver na conta da sua corretora.
#3. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
Agora começaram os custos que você pode evitar!
Isso acontece pois o IOF é um imposto que só é cobrado se as aplicações são resgatadas antes de 30 dias. Se você resgata o investimento após 1 dia, ele come 96% do rendimento. Ele vai abaixando gradualmente até que depois de um mês, adeus IOF.
A tabela com as taxas cobradas em cada dia pode ser conferida aqui.
#4. Taxa Cobrada pela Corretora
Mais um custo que você tem a obrigação de evitar!! Antigamente eram raras as corretoras que cobravam taxa zero, mas hoje em dia até Banco do Brasil e Itaú já entraram nessa.
As corretoras fazem isso exatamente para atrair novos clientes e já ter a preferência deles quando estes quiserem optar por produtos financeiros mais complexos.
Aqui nesse link você pode conferir no site do Tesouro Nacional todas as corretoras que cobram taxa zero para investimentos no Tesouro Direto.
Algumas que eu acho interessantes, até para você aproveitar e investir em ações também – já que a corretagem será mais barata do que nos grandes bancos – são a Clear, Easynvest, Modalmais, Rico e XP Investimentos.
#5. Taxa do TED do banco para a Corretora
Essa daqui não serve só para Tesouro Direto não, serve pra tudo na vida. Hoje em dia existem algumas contas correntes gratuitas que te isentam de taxas de transferências!
Entre elas estão o Agibank, Nuconta (do Nubank) e o Banco Inter. Para entender melhor sobre as contas correntes gratuitas, é só ver esse nosso vídeo no Youtube.
Resumo
São 5 taxas, das quais duas são inevitáveis:
- Imposto de Renda e
- Taxa de Custódia da B3
E outras 3 você deve evitar:
- IOF
- Taxa da Corretora e
- Taxa de Transferência (TED)
Chegamos ao fim da nossa seção sobre Tesouro Direto. Qualquer dúvida que você tiver, é só comentar!
Agora vamos partir lá para a Renda Variável. Um abraço!