O que é FGC? É seguro investir em renda fixa?
Renda Fixa é uma opção super conservadora, é seguro sim investir nisso e pode dar uma grana bem legal.
Mas… (sempre tem um “mas”), você tem que saber quando que será protegido pelo FGC – o Fundo Garantidor de Crédito – que é o assunto desse texto aqui.
Por onde é melhor investir em renda fixa? Banco ou Corretora?
Como já falei no capítulo sobre riscos dos investimentos, o principal risco dos títulos de renda fixa é o risco de crédito (ou seja, de você tomar um calote).
E é justamente por causa desse risco que existem diferentes taxas de juros no mercado de renda fixa.
Numa frase: Quanto mais confiável e conhecida é a instituição para quem você está emprestando, menores as taxas de juros que ela te prometerá.
Essa é a lógica por trás dos seguintes fatos:
- Bancos grandes (Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, …) te remuneram a taxas bem menores, coisa de 80% do CDI, por exemplo.
- Bancos menores e menos conhecidos podem te remunerar a taxas bem maiores, como 120% do CDI.
Mas então é melhor aplicar nas coisas menos arriscadas e botar minha grana em banco grande?
Não!!!!!!! É agora que vem o pulo do gato:
O que é o FGC – Fundo Garantidor de Crédito?
FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – O Famoso FGC: Ele te garante até R$250.000 dos seus investimentos se o banco quebrar. Tanto o seu investimento inicial quanto os juros. Então você pode investir naquele banco menorzinho que te paga 120% do CDI!!! Sem problemas! Até R$250 mil tá tudo garantido.
Ele garante seus depósitos à vista, poupança, CDB, LCI, LCA, LC, LH, LI
O que o FGC não garante na Renda Fixa? Debêntures
Debêntures
Debênture tem nome complicado mas é uma idéia muito simples.
Comprar uma debênture é emprestar dinheiro para uma empresa. Você vai financiar coisas como a construção de uma rodovia, um plano de expansão de uma fábrica, enfim. Ela também pode ser chamada de renda fixa corporativa.
Nessa história toda, o risco (e a remuneração) podem ser maiores.
É preciso então ter mais um pouquinho de conhecimento de mercado pra analisar essas oportunidades. Você pode visualizar as debêntures disponíveis para investimento no debentures.com.br ou no site da sua corretora.
Antes de investir em qualquer um desses títulos, consiga o máximo de informações possíveis no site da sua Corretora de Valores! Ligue para os assessores de investimentos, encha o saco – e não deixe sobrar nenhuma dúvida.
E o Tesouro Direto? Não entra?
Comprar um título público significa emprestar dinheiro pro governo. O mais famoso de todos os títulos públicos é o Tesouro Direto (que quando você empresta para o governo federal).
E o Tesouro não é coberto pelo FGC. Mas mesmo assim – veja só, segura essa:
Ele é o ativo menos arriscado de nossa economia!
Eita! Ué? Confuso. É o menos arriscado ou não é?
É o menos arriscado sim. Por um motivo muito simples, que eu expliquei lá no vídeo de Tesouro Direto x Poupança, que tá no início dessa playlist aqui de investimentos.
Então se você ainda não viu esse vídeo, clica aqui, salva, que ele é perfeito pra quando te fizerem aquela clássica pergunta:
“Esse tal de Tesouro Direto… não é mais arriscado que poupança? tenho medo”
Enfim: o Tesouro Direto é a opção menos arriscada de investimento no Brasil. Ponto.
Conclusão
Agora é o ouro desse vídeo: vou fazer o resumão dessa coisa toda de Renda Fixa. Quando você tiver dúvida você vai voltar aqui nessa parte. É o seguinte:
Existem 3 classes de título de renda fixa no Brasil: Título Público, Tìtulo Privado protegido pelo FGC e Título Privado não protegido pelo FGC.
Pra começar a investir, vai pelo Tesouro Direto, que é o principal representante dos títulos públicos no país. É baratão, você pode começar com R$30 e é muito mais simples de escolher.
Depois disso, parte o quanto antes para o mundo das ações, em especial o ETFs, como eu já te expliquei em outros vídeos. Investir em empresas é muito importante pra ganhar grana de verdade no longo prazo.
Agora… se você já tiver uma grana guardada e não precisar mexer, visando um objetivo de 1 a 5 anos (carro, viagem de volta ao mundo, casamento), aí os Títulos Privados de Renda Fixa protegidos pelo FGC passam a ser uma coisa bem legal pra você dar uma olhada.
E quando você já tiver se desenvolvido mais no mundo das finanças, aí sim dá uma olhada nas debêntures e demais títulos privados de renda fixa não protegidos pelo FGC. E é claro, avança também no mundo das ações, opções e derivativos.
No próximo capítulo, vou comentar sobre um produto bem legal de renda fixa que pode te dar um gás na sua grana.
Até!
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Precatório: um investimento seguro e rentável que poucos conhecem
Os precatórios são tão seguros quanto a poupança e o Tesouro Direto, só que rendem mais.
O que é um Precatório?
Um precatório é um tipo de dívida que foi reconhecido pela justiça como devido.
Traduzindo…
Se você processa um ente do governo (um estado , município, união federal, ou até mesmo uma autarquia como o INSS) e ganha esse processo, A JUSTIÇA expede um precatório em seu nome te dando direito a valores a serem pagos posteriormente.
Um exemplo
Alguém (vamos chamar de Leandro) processou o INSS e ganhou a causa.
O Juiz decidiu que o INSS deve pra ele R$250 mil reais e ele receberá em dois anos. Uma boa grana.
Só que ele não recebe o dinheiro na hora. O precatório é como se fosse um cheque pré-datado.
E é nesse período entre a expedição do precatório e a data do pagamento que surge a oportunidade!
E o que isso interessa pro investidor?
A grande sacada aqui é que o Leandro não quer aguardar para receber esse dinheiro… ele quer agora.
E por isso aceita receber – hoje – um valor inferior a R$250 mil.
Ou seja, ele pode vender o precatório com um desconto, com um deságio.
E o investidor – ou seja, aquele que está comprando o precatório do Leandro – vai ganhar justamente essa diferença.
Ele vai comprar mais barato hoje, e vai receber os R$ 250 mil na data de pagamento do precatório.
E o rendimento é muito bom
O melhor que se consegue na Renda Fixa hoje em dia, com segurança, é algo entre 6 a 8% ao ano, no caso de um Tesouro SELIC ou um CDB que renda uns 110% do CDI já descontado o Imposto de Renda.
Já o precatório te dá, geralmente, 20% ao ano. É muito!
Ok, tudo muito bonito, mas qual o risco para o investidor?
O risco é realmente baixo.
Os créditos federais e até alguns estaduais/municipais são depositados sem atrasos pelo Governo.
No caso dos federais, em crises muito piores que as atuais, o governo nunca deixou de pagar os precatórios em dia.
Ou seja, se a chance de calote de um Título do Tesouro Direto já é remota, a de um precatório federal é tão baixa ou até menor quanto…
Atenção ao risco de liquidez!
Se você sabe que vai receber o dinheiro daqui a 2 anos, você não pode contar com ele no meio disso.
Caso você precise deste dinheiro, ele pode sim ser revendido, mas nada garante que isso vá acontecer no mesmo dia!
Ou seja, não coloque sua reserva para emergências em precatórios!!
Ok, legal! E afinal de contas, o que fazer para comprar ou vender precatórios?
Simples! É só acessar precatoriosja.com.br e falar com a equipe da Rafaela (que aparece neste vídeo).
Eles intermediam compradores e vendedores de precatórios, fazem toda a assessoria, cálculos e te ajudam a tomar as melhores decisões de compra ou venda.
A partir de R$50 mil já é possível investir em precatórios, e você pode se unir com seus familiares e amigos para dividir esse valor.
E se você ainda não sabe investir ou ainda não acompanha nossa série sobre Investimentos aqui no Juros Baixos, é só clicar aqui para pegar tudo desde o início 😉
Um abraço!
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