Ideias e tendências não param de nascer no mundo empresarial. A conjuntura econômica também influencia na decisão de empreender. Mas apesar disso, o saldo não é positivo. Como superar as dificuldades e sobreviver à mortalidade precoce de empresas?
Sem dúvida, os dados recentes relativos ao fechamento de micro e pequenas empresas no Brasil são desanimadores. Estamos cientes da autenticidade desses dados, pois vemos novas empresas surgindo constantemente, acompanhamos sua falta de progresso e rápida decadência.
Entre as razões mais apontadas para o encerramento precoce estão as más condições da economia, o endividamento decorrente de fatores como a falta de planejamento e a baixa procura pelos produtos ou serviços e também a gestão ineficiente de recursos e funcionários.
Diante de problemas tão comuns e cenários desafiadores, o que pode ser feito para se preparar, diagnosticar e contornar as situações? Veja nossas 5 dicas para ter uma boa gestão visando manter as empresas de pé no mercado.
Conhecimento
A abertura de um negócio pode ser vista como um meio de resolver os problemas. Num cenário turbulento, a ideia de ser o próprio patrão sofrendo menos pressão e estresse pode parecer muito tentadora. Porém, começar a empreender com uma visão idealista pode ser prejudicial.
O despreparo e desconhecimento do empreendedor para lidar com questões burocráticas e legislativas, altos investimentos e custos operacionais são visíveis logo no primeiro momento. Tentar apressar o andamento das coisas e “queimar” etapas apenas acumula pendências – e isso se reflete no desempenho da empresa.
É necessário buscar conhecimento a respeito do tipo de negócio, do contexto econômico, das perspectivas e riscos envolvidos antes de tomar decisões. Com base nessas informações, deve-se elaborar um detalhado planejamento para guiar e acompanhar o crescimento da empresa.
Profissionalismo
Seja por opção ou necessidade, um fator marcante das pequenas empresas é o envolvimento familiar. Por mais que empregar pessoas próximas talvez seja um modo de economizar tempo procurando profissionais e se poupar de decepções e prejuízos com desconhecidos, essa ideia pode contribuir significativamente para o fracasso do negócio.
A atitude profissional deve partir do próprio empreendedor. Falhas constantes nesse sentido – atrasos, mau uso de recursos, irresponsabilidade nas decisões – detonam o respeito e a organização no ambiente de trabalho.
Todos os envolvidos no negócio devem cumprir com suas funções e horários. Para que isso seja possível, é necessário estabelecer as exigências e requisitos de cada cargo, se certificando de empregar funcionários nas posições mais adequadas às habilidades de cada um.
Comprometimento
Profissionalismo e comprometimento andam juntos. Sucessivas falhas de um só membro da equipe podem prejudicar o trabalho de todos, além de se tornarem perceptíveis até para novos e ocasionais clientes, manchando a reputação da empresa.
Que medidas adotar para prevenir problemas relacionados à falta de comprometimento?
- fixe metas;
- fixe prazos;
- fixe horários;
- fixe atribuições;
- cobre resultados;
- dê o exemplo.
O empreendedor deve saber contornar as “desculpas” e incentivar cada funcionário a cumprir com suas obrigações. Há espaço para sensatez e flexibilidade, mas não se pode esquecer de que tempo é dinheiro.
Responsabilidade
Seja para definir o horário de abrir ou fechar o negócio, dar folga, dar aumentos ou fazer alguma outra mudança, não é recomendado tomar decisões sem antes avaliar cada situação, suas causas e possíveis consequências.
Apesar de certas situações parecerem exigir medidas urgentes, são poucos os casos em que os benefícios de decisões apressadas superam os prejuízos. Estude as possibilidades, faça pesquisas e obtenha informações que ajudem a enxergar o cenário completo.
Adaptação
O empreendedor precisa estar pronto e disposto a aceitar mudanças. O mercado e suas tendências se atualizam constantemente e, ainda mais em cenários econômicos instáveis, não acompanhar essas atualizações resulta em perdas significativas.
Esteja bem informado por meio de notícias confiáveis e conversas com clientes e fornecedores. Com base nessas informações, faça planejamentos alternativos, pesquise novas soluções e busque diferentes contatos.
Estimule seus funcionários a se adaptar também. Treine eles em diferentes funções, ensine tarefas básicas e, quando for o caso, tarefas essenciais ao funcionamento do negócio. Tenha à sua disposição e a deles diferentes opções para evitar a dependência de um ou outro cliente, fornecedor ou condição externa.
Para um empreendimento dar certo, é necessário muito mais do que entregar bons produtos ou serviços. Claro, esse é um aspecto importante, mas se não for aliado a características como perseverança e dedicação, além de estratégias de vendas e marketing, os resultados vão ficar abaixo do esperado.
O empreendedor também não deve subestimar a importância de ouvir seus funcionários e aceitar conselhos de seus clientes e fornecedores. A disposição para fazer atualizações e mudanças é outro fator útil em tempos de instabilidade.
O que achou das dicas do artigo? Na sua opinião, o que pode ser feito para diminuir a mortalidade das empresas? Fale para nós na seção de comentários!
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