Infográfico: produção de Renato Cunha, Apê11
Fonte da imagem: Freepik

Na última quarta-feira, dia 16 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom), doBanco Central, decidiu elevar a taxa Selic de 10,75% para 11,75% ao ano. A alta de um ponto percentual é a nona consecutiva, e a instituição já prevê um aumento na mesma proporção no início de maio. Um dos mercados impactados é o imobiliário, já que os juros de financiamento e alguns tipos de fundos podem ser afetados.

As principais justificativas do Copom para o aumento são o conflito entre Rússia e Ucrânia, que gera incertezas quanto às condições econômicas mundiais; e a própria inflação, já que os estudos continuam indicando que as variações não são compatíveis com o cumprimento da meta para o final do ano. As expectativas de inflação para 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 6,4% e 3,7%, respectivamente.

Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, com o PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2021 acima do esperado, o Comitê avalia que a incerteza em relação à estrutura fiscal mantém elevado o risco de as expectativas de inflação se mostrarem equivocadas. Ainda assim, considera que esse risco está sendo parcialmente incorporado nas expectativas de inflação e preços de ativos utilizados em seus modelos.

No mercado imobiliário, a Selic está mais diretamente relacionada às taxas de juros dos financiamentos e à atratividade relativa dos imóveis em relação aos investimentos financeiros. “O custo do funding do crédito é afetado pela variação da Selic. Assim, o aumento da taxa pelo Banco Central é contracionista para a economia em geral. Aqui na Apê11 estamos em um contexto de crescimento muito elevado em função da nossa experiência diferenciada para o cliente, e seguimos otimistas quanto ao nosso desempenho em 2022”, explica Leonardo Azevedo, cofundador e presidente da startupApê11, empresa coligada do Banco Santander.

Apesar do cenário da taxa Selic, alguns bancos reduziram recentemente os seus juros de financiamento imobiliário, como é o caso doSantander, que anunciou a diminuição de 9,99% para 9,49% mais a TR. Com o patamar atual da Selic, há mudança no cálculo do rendimento da caderneta de poupança, que é a principal fonte (funding) para o crédito imobiliário.

De forma geral, se a Selic tem alta, há mais juros e mais rendimentos; se ela tem baixa, são menos juros e menos rendimentos. Considerando tudo isso, no caso doinvestimento imobiliário, as consequências da variação da Selic dependem de vários fatores, inclusive da diversificação da carteira de investimentos.

“No caso da compra de um imóvel para morar por meio de financiamento, é sempre interessante pesquisar oCusto Efetivo Totalde cada banco, já que há outras condições no contrato que precisam ser levadas em consideração”, explica Leonardo.

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