A operação de seis meses que ocorre no Rio Grande do Sul investiga a empresa que promete retorno dos investimentos em criptomoedas, a instituição possui cerca de 10 mandados de prisão preventiva e 25 mandatos de busca e apreensão que devem ser cumpridos, a empresa é responsável pelo movimento de R$ 700 milhões.
Na manhã desta terça-feira (21) a Policia e a Receita Federal cumpriram os 25 mandatos de busca e apreensão em cinco cidade gaúchas, em São Paulo e Santa Catarina. O operação Egypto, como é chamada, investiga a Indeal atuante em Novo Hamburgo sem autorização do Banco Central.
De acordo com a Receita, a empresa estaria captando recursos de terceiros para investimentos no mercado de criptomoedas, os retornos eram de 15% no primeiro mês de aplicação. Uma das contas da Indeal havia recebido créditos de mais de R$ 700 milhões entre agosto do ano passado e fevereiro deste ano. Segundo a investigação, os sócios apresentaram evolução patrimonial crescente que saiu de um pouco menos que R$ 100 mil para dezenas de milhões de reais em apenas um ano.
O superintendente da PF, Alexandre Isbarrola, afirmou que centenas e pessoas foram lesadas com a empresa e que para diminuir o prejuízo, carros de luxo foram apreendidos nas casas dos investigados. Em uma delas, foram encontradas caixas de dinheiro, as quais foram igualmente apreendidas.
Na sede da Indeal, ainda há a busca por documentos para maiores informações sobre os empresários – que, de acordo com a investigação, prometiam comprar criptomoedas mas o dinheiro era utilizado para auto benefício. O procurador da justiça Celso Três, pede para que as pessoas fiquem atentas, pois ainda há outras empresas fraudulentas sendo investigadas.
A operação foi denominada Egypto por ser similar com o termo “cripto” e também pelo fato de que as atividades da empresa foram classificadas por terceiros como “pirâmide financeira”.