O governo avalia liberar o saque das contas dos trabalhadores novamente, após a piora nas expectativas do crescimento econômico no país. É tido como perspectiva que a medida proporcione uma injeção de R$9 bilhões a até R$10 bilhões na economia, após os resgates. O IBGE anunciou ontem queda de 1,3% na produção industrial nos últimos 2 meses, dando o sinal de que a economia pode ter encolhido em relação ao que se era previsto.
O PIS/Pasep reúne um fundo com entorno de R$21 bilhões de trabalhadores que possuíram carteiras assinadas entre 1971 e 1988 e não tiveram seus recursos sacados. Com o acumulo do dinheiro, o mesmo fora direcionado para o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), mas o mesmo poderia ser usado agora para ajudar as famílias que possuem dividas e necessitam quita-las.
Dessa forma, dados de Junho de 2018 aparentam que 30% do saldo está nas contas de pessoas com mais de 70 anos, que pelo critério passado, já poderiam ter resgatado o valor disponível. Hoje o fundo fo PIS/Pasep é utilzado como fonte de recursos em empréstimos concedidos pelo BNDES, Banco do Brasil e Caixa.
Qual a iniciativa?
No governo Temer fora antecipado a idade de acesso as contas de PIS/Pasep para 60 anos, por meio de uma medida provisória. Já no parlamento o texto sofreu alteração e liberou que os resgates fossem efetuados até setembro de 2018.
Contudo, o atual governo pretende atuar igualmente liberando o saque para todas as idades, vendo o impacto da medida como “consequência” de uma iniciativa pensada em benefício do trabalhador.
No antigo governo, a liberação do PIS/Pasep foi seguida também do saque das contas inativas do FGTS, o qual colocou cerca de R$40 bilhões em ativo na economia, dessa forma, parlamentares sugerem que o atual governante tome a mesma medida.
Dificuldades
A maior dificuldade na liberação do PIS/PASEP é o fato de que muitos beneficiários vieram a falecer. Sendo assim, a Caixa, responsável pelo PIS, e o Banco do Brasil, responsável pelo PASEP, enfrentam a gravidade de não conseguirem contato com os herdeiros sobre a disponibilidade do dinheiro.