O total de endividados subiu 0,13% no primeiro trimestre

O total de pessoas endividadas chegou a 62,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que corresponde a mais de 40% da população adulta do país. Os dados foram divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Entre os mais jovens, na faixa etária de 18 a 24 anos, houve uma queda de 22,8% no mês de março, em comparação com o mês anterior. Também houve redução na taxa de inadimplência nas faixas etárias de 25 a 29 anos e de 30 a 39 anos.

Por outro lado, houve um aumento da taxa entre as faixas etárias de 40 a 49 anos e de 50 a 64 anos. Também houve aumento da taxa de inadimplência entre os idosos, de 65 a 84 anos. Nesta faixa etária o aumento foi de 8,46%.

Mas é na faixa de 30 a 39 anos que se encontra o maior número de endividados: são 17,7 milhões de brasileiros, ou seja, 28% do total de inadimplentes. “Nesta fase da vida, a corrida ao crédito acaba sendo inevitável, pois muitos já constituíram família, possuem filhos e assumem mais compromissos financeiros”, declarou o presidente do SPC Brasil, Pellizaro Junior em entrevista à revista Veja.

Quando analisados por região do país, os dados revelam que a região Norte é a que possui, proporcionalmente ao total da população, o maior número de inadimplentes. São 47% do total da população. O Centro-oeste vem em segundo lugar, com 43%, seguido por Nordeste e Sudeste com 40%. A região Sul tem 37% da população endividada.

Copo meio cheio

Se compararmos com o primeiro trimestre de 2018, os números não parecem tão ruins.

No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de inadimplência subiu 2,38%, ou seja, houve uma desaceleração no crescimento do número de endividados.

Estes dados ilustram o que os economistas tem repetido há algum tempo: que a economia está se recuperando, mas em um ritmo abaixo do necessário.

De acordo com o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a queda na inadimplência será maior quando houver uma recuperação mais vigorosa do mercado de trabalho e, consequentemente, da renda dos trabalhadores.

Os dados também mostram uma redução do volume da dívida das pessoas físicas nos setores de telefone, internet e tv por assinatura (9,56%) e no comércio (5,91%).

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