Quem escolhe fazer um curso superior nem sempre tem a possibilidade de estudar perto de casa e, por esse motivo, é bastante comum que jovens se desloquem do seu local de origem para morar em outro bairro ou cidade que seja mais perto da faculdade, evitado assim o desgaste e os custos do deslocamento. Porém, fazer a escolha da nova moradia não é algo tão simples e exige certo planejamento de tempo e dinheiro. A seguir, apresentamos alguns fatores que devem ser considerados por alunos que precisam buscar um lar para viver durante a graduação.
O que considerar ao escolher a moradia durante a faculdade?
Atente-se ao seu modo de vida
Um ponto importante a ser pensado antes de você decidir qual será sua nova moradia é o estilo de vida e as prioridades que você tem na rotina. Cada pessoa tem seus costumes e necessidades próprios e isso tem que ser levado em conta no momento de analisar as características do imóvel a ser ocupado.
Se você tem por hábito receber amigos e familiares, por exemplo, terá dificuldades se decidir morar acompanhado, pois nem sempre seus colegas vão aceitar e se relacionar bem com as visitas e, se você é uma pessoa mais pacata, pode ter problemas de adaptação com vizinhos que saem e chegam fazendo barulho durante a madrugada. Quem tem muitos objetos, roupas e materiais de estudo ou mesmo gosta de se exercitar em casa, precisa de um imóvel mais espaçoso. Quem trabalha, além de estudar, tem o dia mais corrido e precisa morar o mais próximo possível do trabalho ou da faculdade para ganhar tempo etc.
Escolha de acordo com o que você pode pagar
Pensar em cada uma das situações acima ajuda na escolha pela moradia mais adequada, mas não é só isso. O fator financeiro tem um peso grande também, uma vez que você terá que arcar com todos os custos da moradia até o dia da sua formatura. E quando falamos em todos os custos significa que a mensalidade ou o aluguel são apenas uma parte dos gastos que você terá para se manter vivendo próximo da faculdade.
Você não pode se esquecer do dinheiro a ser gasto com as compras no supermercado, contas de consumo como água, energia elétrica, gás e internet, transporte (que será mais caro na medida em que a moradia for mais distante do local de estudo) e itens ocasionais como roupas de cama, utensílios de cozinha entre outros. É necessário colocar cada um desses valores na conta e fazer uma previsão do orçamento antes de assinar o contrato de locação do imóvel. Lembre-se que o curso superior exige foco e dedicação aos estudos e você não terá muito tempo e nem disposição para ficar resolvendo problemas financeiros nesse período.
3 opções para você ficar de olho
República estudantil
São casas ou apartamentos que são alugados para estudantes que passam a viver compartilhando áreas comuns como o banheiro, a cozinha, a garagem e a lavanderia, por exemplo. O valor do aluguel é dividido igualmente entre os estudantes, assim como as responsabilidades ao cuidar do local. A privacidade não é o forte das repúblicas, por outro lado, dividir o espaço com outras pessoas acaba reduzindo o custo do aluguel e da manutenção do imóvel e existe uma boa possibilidade de surgir novas amizades entre os moradores.
As repúblicas estudantis têm preços de aluguel que podem variar de acordo com a localização, o tamanho do imóvel, a demanda por quartos e a quantidade de moradores. Porém, o fato de poder rachar as contas com outros estudantes acaba reduzindo os gastos mensais e esse é um fator que costuma trazer bastante economia.
Pensão estudantil
É um imóvel que possui alguns quartos ou acomodações individuais e que é administrado por um proprietário que pode ou não morar no local. Há opções de pensões mistas, exclusivas para estudantes homens ou mulheres e as regras impostas pelo proprietário devem ser seguidas à risca.
Na maioria das vezes, os ambientes alugados já estão mobiliados e a manutenção do local é de responsabilidade do proprietário. Os preços também podem variar de acordo com a localização da pensão, as facilidades oferecidas e a demanda por acomodações, mas dificilmente um estudante vai encontrar algo abaixo dos R$ 800 mensais. A maior comodidade oferecida pelas pensões estudantis acaba gerando custos um pouco mais altos que a maioria das repúblicas.
Morar sozinho
Esta é certamente a melhor opção para quem não abre mão da privacidade e de fazer as coisas da sua maneira. O estudante que decide morar só em uma casa ou apartamento tem mais tranquilidade para estudar, pode escolher quem vai visitá-lo e ainda tem liberdade para organizar a o local sem interferências, seguindo as próprias regras e horários.
Por outro lado, o custo mensal é superior às opções anteriores e os valores de aluguel cobrados exigem uma condição financeira mais favorável por parte do estudante. Se você se interessou por essa opção de moradia, veja essa matéria e saiba mais sobre o custo mínimo para morar sozinho.
Planeje-se antes de mais nada
A moradia é um tema de extrema importância durante a graduação e você deve estar preparado para tomar as decisões que vão afetar sua vida durante os próximos anos, longe da família e amigos. Antes de fazer qualquer escolha ou de assinar qualquer tipo de compromisso financeiro, faça pesquisas através da internet e telefone, converse com pessoas próximas e com estudantes que já moram na região para levantar o maior número de informações possível.
Além do dinheiro necessário para bancar a vida nesse novo local, você precisa planejar o transporte, o tempo que você terá para o lazer e para os estudos, assim como entender como funciona o comércio local e as providências de segurança pessoal a serem tomadas. É bastante recomendável avaliar cada ponto com atenção e comparar os preços cobrados com seus recursos disponíveis, para que sua escolha de moradia atenda às suas expectativas sem comprometer o orçamento.
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