SELIC, BACEN, IR, a.a. O brasileiro adora uma sigla. Na verdade, já nos acostumamos com elas. Mas, e quando estas siglas afetam diretamente o nosso bolso? Será que sabemos o real significado e o que elas representam?

É preciso entender o conceito de juros a.a. para não cair em armadilhas.

Juros a.a. – É preciso estar atento

O Juro é a remuneração que alguém cobra por abrir mão do dinheiro que tem e emprestá-lo para outra pessoa.

É uma espécie de pedágio que você paga por pegar dinheiro emprestado, seja na forma de um empréstimo bancário, um financiamento ou quando paga uma conta em atraso.

Como é fundamental para a economia de um país, é o governo quem define a taxa base da economia. Quem define esta taxa é o Bacen (Banco Central). O Bacen tem um órgão chamado COPOM (Comitê de Política Monetária) que se reúne periodicamente e, entre outras coisas, define qual a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).

A taxa SELIC é a uma taxa anual para os títulos federais.

O governo não tem dinheiro, o dinheiro do governo vem da arrecadação de impostos ou da emissão de títulos públicos. Os bancos compram esses títulos. Os bancos, todo dia, tem que depositar uma determinada quantia em uma conta do Bacen. Pode ocorrer de um banco não ter o suficiente para ser depositado. Quando isso ocorre eles negociam títulos públicos entre si.

Esta operação dura 24 horas e a taxa utilizada é a SELIC.

A taxa SELIC é a chamada taxa base da economia porque é com base nela que serão feitas todas as operações financeiras do nosso dia-a-dia. Desde o rotativo do cartão de crédito até o financiamento da casa própria.

Quem fizer uma operação com taxa abaixo da taxa SELIC estará, obviamente, tendo prejuízo.

Quando se fala em juros a.a., trata-se da taxa de juros ao ano que não necessariamente será a taxa SELIC.

Antes de fazer uma operação financeira (empréstimos, financiamentos etc.) faças as contas.

Juros a.a. – Um olho na taxa, outro no período

Quando você faz uma operação, tem que ficar atento a taxa e ao período.

Se for uma taxa de juros a.a., mas a operação for realizada durante apenas 1 mês tem que ser feita a equivalência, ou seja, tem que ser utilizada a taxa proporcional ao período em que durou a operação.

Se você toma um empréstimo a uma taxa de juros de 19,5% a.a. e resolve liquidar o empréstimo em 1 mês, a taxa equivalente será de 1,4956% a.m.

Então, o percentual a ser aplicado sobre o empréstimo será de 1,4956 e não de 19,5.

É importante ter isso em mente quando fizer qualquer operação financeira.

Se você toma um empréstimo com uma taxa de juros a.a. mas pode quitá-lo após, por exemplo, 6 meses deve fazê-lo. A taxa será proporcional e você vai economizar dinheiro.

Os conceitos de matemática financeira são fundamentais para não se enrolar em dívidas e também para te ajudar a sair delas.

Vamos dar outro exemplo: se te oferecessem um empréstimo com taxa de 0,29% ao dia, você aceitaria? Afinal, são só 0,29%. Pois bem, fazendo a equivalência você terá uma taxa de juros de 151,81 a.a.! Isso mesmo. Para se ter uma ideia, nos últimos 20 anos o maior percentual da SELIC chegou a 45% a.a.

Na próxima vez que fizer uma operação financeira lembre-se: matemática financeira sempre!

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