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A palavra inflação traz péssimas lembranças e muita preocupação para os brasileiros e não é para menos.

Mas você sabia que existem diferentes tipos de inflação?

Vamos explicar os diferentes tipos de inflação e como elas afetam o seu bolso.

O que é inflação?

Inflação é alta generalizada dos preços dos produtos e serviços, de maneira contínua e persistente. A inflação também pode ser definida como a expansão anormal dos meios de pagamento, da moeda circulante na economia, levando a uma desvalorização da mesma.

Muitos economistas dizem que a inflação é o imposto do pobre. Isto porque uma das principais consequências da inflação é a perda de poder aquisitivo, ou seja, é preciso cada vez mais dinheiro para comprar os mesmos produtos.

Como os salários não conseguem aumentar o aumento dos preços e a população precisa de mais dinheiro para comprar as mesmas coisas, há uma redução do orçamento familiar ou as famílias passam a consumir cada vez menos.

Com isso, quanto menor o orçamento e o poder aquisitivo, ou seja, quanto mais pobre, mais difícil fica a situação da família.

A inflação é um dos fenômenos mais estudados em Economia e já foi um problema crônico em muitos países. Atualmente, o número de países que registram problemas de inflação crônica ou hiperinflação é bem menor do que a décadas atrás.

Geralmente, a inflação crônica ou hiperinflação é verificada em países em situação de guerra e pós-guerra ou com economias extremamente frágeis e dependentes.

Quais os tipos de inflação?

Os economistas costumam afirmar que há quatro tipos de inflação, que são definidas pelas suas diferentes causas.

Inflação de demanda – ocorre quando a demanda (procura) por bens e serviços é superior a quantidade ofertada dos mesmos. Seguindo a lei da oferta e procura, quando a procura está em um nível muito acima do que a oferta, há um aumento de preços. Este tipo de inflação foi observado no começo do Plano Real, quando a estabilidade da economia levou a um aumento real dos salários e as famílias aumentaram significativamente o consumo de diversos produtos que até então tinham uma oferta estável, gerando um aumento de preços.

Inflação de custos – também conhecida como inflação de oferta. Ocorre quando há um aumento dos custos de produção como mão-de-obra (salários e encargos trabalhistas), matéria-prima, taxas de juros, combustíveis, tributos, fontes de energia. Com isso, não há incentivo para produzir, gerando uma redução da oferta em relação a procura. É o que ocorreu, por exemplo, quando houve um aumento da tarifa de energia elétrica alguns anos atrás, levando a um aumento dos custos de produção da indústria.

Inflação inercial – não é causada pela relação entre demanda e oferta e sim pela perspectiva de inflação, amparada pelo histórico da economia. Esta falta de confiança leva a um círculo vicioso em que há a indexação da economia, ou seja, são criados índices de inflação que servem de reajuste de preços e salários e causam uma espiral inflacionária. Neste tipo de inflação, mensalmente há um reajuste salarial acompanhado do reajuste dos preços de bens e serviços, contratos e aluguéis. Os índices de inflação de períodos anteriores são utilizados para reajustar os valores presentes, trazendo uma inflação futura. Um processo que se retroalimenta indefinidamente.

Inflação estrutural – semelhante a inflação de custos. Neste caso, a inflação é resultado da ineficiência da infraestrutura produtiva de uma economia, resultando em uma rigidez da oferta de bens e serviços dessa estrutura econômica.

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