É muito comum que investidores queiram saber se o Certificado de Depósito Bancário (CDB) apresenta boa rentabilidade em um determinado banco, onde é correntista.
Porém, antes de responder a esta pergunta, é importante primeiramente entender o que é o CDB. Trata-se de um título emitido para que bancos e instituições financiem suas atividades de crédito. É como se você emprestasse dinheiro para elas que, em contrapartida, te devolvem o valor corrigido com juros.
E você sabe como funciona o CDB? Trata-se de um investimento de renda fixa, que permite ao investidor acompanhar as taxas de juros do mercado possibilitando a opção de saber exatamente quanto seu dinheiro irá render.
Diante dessas explicações iniciais, fica a pergunta: o CDB do Banco do Brasil é um bom investimento? Se você é correntista da instituição, saiba que ela oferta o CDB DI, uma aplicação em título de renda fixa com rendimento pós-fixado, definido por um percentual da variação do indexador.
O CDB não corre risco de apresentar rentabilidade negativa, pois acompanha a oscilação da taxa de juros, de acordo com o percentual contratado (quanto maior o prazo da aplicação, menor a incidência do IR sobre a aplicação, haja vista que ela pode variar de 15% a 22,5%).
Após débito realizado na conta-corrente, o dinheiro já começa a render e pode ser resgatado parcial ou totalmente, a partir do dia seguinte ou na data de vencimento.
Entre as características do CDB DI do Banco do Brasil está a adesão e movimentação nos próprios canais de autoatendimento, o débito do IR somente na data de resgate para a conta-corrente, crédito em conta na hora do resgate e valores acessíveis para aplicação, a partir de R$ 500,00 e resgate em parcelas mínimas com o mesmo valor, acrescido dos respectivos rendimentos.
Outra informação importante é que, quanto maior o valor aplicado no CDB DI do Banco do Brasil, melhor será a sua rentabilidade, pois o Banco do Brasil considera o seu volume nesta modalidade para concessão de taxas diferenciadas nas novas aplicações. Pode ainda haver o resgate automático da aplicação, caso seja necessário cobrir um saldo devedor da conta-corrente.
É muito importante entender estas variáveis, fazer simulações e colocar na ponta do lápis o quanto o investidor vai ter de deixar ao Fisco na hora de fazer o resgate, para saber se o investimento em CDB vale a pena. E cabe sempre ao investidor buscar as melhores condições oferecidas por esses players do segmento financeiro.
O que podemos dizer em relação ao CDB do Banco do Brasil é que, mesmo com os impostos, ele tende a ser mais atrativo que a poupança, pensando em investidores mais conservadores, porém há títulos públicos no mercado que podem apresentar uma rentabilidade mais elevada.
Quem investe em CDB tem como benefício o respaldo do Fundo Garantidor de Crédito, que garante o resgate de até R$250 mil por CPF, caso haja falência, intervenção ou liquidação da instituição que você confiou os seus recursos.
Apesar de figurar na lista de investimentos de baixo risco, o CDB não apresenta isenção do Imposto de Renda (IR), como acontece com outras modalidades, como a poupança, LCI e LCA. A alíquota é variável e depende do tempo de aplicação, partindo de 15% (de 0 a 6 meses) e podendo chegar até 22,5% (superior a dois anos). Como se vê, quanto maior o período, menor a taxa de desconto. E caso o investidor permaneça com o título por prazo inferior a 30 dias, o investidor terá que pagar também o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que também será retido na fonte.
Outra recomendação dos especialistas é entender qual é o seu propósito ao investir, antes de optar pela modalidade. Saber o valor que tem para aplicação (geralmente os valores mínimos são a partir de R$ 10 mil) e o prazo que pode deixar este recurso aplicado é um bom começo, já que o mercado apresenta diversas instituições, com prazos e rentabilidades diferentes.
São dois os prazos existentes para o CDB. O de vencimento dos títulos, quando o investidor resgata o capital a partir de um determinado período (dois anos, por exemplo), mesmo que não peça ao banco, e o prazo de carência, quando o dinheiro é emprestado ao banco por um período mínimo estabelecido entre as partes, mas, a partir desta data, passa a ter liquidez diária, possibilitando o resgate a qualquer momento.
Quanto maior for o prazo, maior a rentabilidade do investimento, haja vista que, nessas condições, a instituição tende a fornecer taxas mais atrativas ao longo do tempo. Via de regra, as instituições de menor porte oferecem títulos mais rentáveis. Mas, você, pode se perguntar: como elas pagam mais do que os grandes conglomerados bancários? Geralmente, é porque elas ainda estão em busca de uma maior visibilidade no segmento financeiro, o que explica a oferta de melhores taxas.
É importante também conhecer todas as opções de títulos oferecidos neste competitivo mercado. O investidor pode optar pelos pós-fixados, quando já define previamente com a instituição qual vai ser a taxa de referência para receber pelo “empréstimo” que está fazendo, podendo ela estar atrelada à taxa SELIC (atualmente em 6,5% ao ano) ou ao CDI, que fechou o ano passado em 6,32%.
Há ainda os CDBs prefixados, quando há um acordo sobre o rendimento já no momento da aplicação (exemplo: 10% pelo período de dois anos após os recursos emprestados).
E, por fim, há a possibilidade de se optar pelo modelo híbrido, representado pela união do pré e do pós-fixado, ou seja, você recebe uma porcentagem da rentabilidade prefixada e a outra parte estará atrelada ao desempenho de um indicador econômico (exemplo: 3% ao ano, mais o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, do mesmo período).
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