CTA para simulação de empréstimo

Pagar somente o rotativo do cartão de crédito pode levar o consumidor a perder o controle financeiro. Apesar de ser uma ferramenta importante, o cartão de crédito quando mal usado levar uma pessoa a falência. Para fugir das dívidas, muitas pessoas acabam escolhendo pelo crédito rotativo e pagando um valor entre o mínimo e total da fatura.

O que é crédito rotativo?

Toda vez que você recebe a fatura do cartão, há a opção do pagamento mínimo. Este mínimo era de 15% do valor total da fatura. Quando você paga um valor entre o mínimo e o valor total da fatura, está utilizando o crédito rotativo do cartão. Isto significa que você está tomando uma espécie de empréstimo para o pagamento da fatura nos próximos meses.

A próxima fatura virá com o saldo a pagar da fatura anterior mais taxas de juros. Os juros do rotativo costumam ser os mais altos do mercado, passando facilmente a casa dos 400% ao ano! Além disso, existiam dois tipos de rotativo. Quem pagava qualquer valor entre o mínimo e o total da fatura, pagava os juros do chamado rotativo regular. Quem pagava qualquer valor abaixo do mínimo ou não pagava nada, pagava taxas de juros mais altas, era o chamado rotativo não regular.

O crédito rotativo é uma forma prática de se obter um empréstimo porque não exige nenhum tipo de solicitação ao banco ou assinatura de contrato. Basta pagar um valor igual ou menor que o mínimo ou maior que o mínimo e menor que o total da fatura. Com taxas de juros tão altas cria-se o efeito bola de neve, que pode levar a uma dívida absurda e difícil de ser paga.

Como funciona o rotativo do cartão de crédito?

Todos os meses ao receber a fatura com valor total a ser pago, onde estão descritos todos as despesas acumuladas pelo consumidor. Geralmente, quem escolhe o rotativo é por não ter administrado bem suas contas, dentro da renda que recebe. Por isso, quando não há dinheiro suficiente para quitar o valor total, é possível pagar o valor mínimo, cerca de 15%, no máximo 20% do total.

Mesmo assim, entrar no crédito rotativo não alivia a dívida e é considerado por especialistas um mau uso do cartão de crédito. Por que? Porque a dívida pode ser arrebatada por altos juros e com isso ficar cada vez mais difícil de ser paga. Isso porque no mês seguinte, o banco ou a operadora do cartão cobraram o valor que deixou de ser pago no mês anterior, só que acrescido de juros, que não são baixos.

Os juros do crédito rotativo, junto com o juros do cheque especial estão entre os mais altos do Brasil, por isso saiba bem seus quesitos antes de fazer uma escolha.

Como calcular o valor do rotativo do cartão?

Em um exemplo simples, divulgado pelo GuiaBolso, uma fatura com o valor de R$ 900, com pagamento mínimo de R$ 180, valor mínimo. Pagando o mínimo você coloca R$ 720 no crédito rotativo. O problema é que no mês seguinte você terá de pagar R$ 864, ou seja, 96% do valor da conta, o que não é nada vantajoso. O juros do crédito rotativo já chegou a beirar os 500% nesse ano.

Por isso, pagar o valor mínimo do cartão e entrar no crédito rotativo deve ser sua última opção. As chances da sua dívida dobrar em poucos meses é muito grande. Se não conseguir quitar o valor total do cartão, entre em contato com o banco ou operadora para tentar outras formas de financiamento mais vantajosas.

Um empréstimo pode lhe oferecer juros menores, buscar a negociação na justiça, apesar de arriscado, pode ser indicado, já que enquanto a ação estiver sendo avaliada judicialmente, o consumidor não poder ser considerado inadimplente, o que evita uma grande barreira de crédito.

Novas regras?

Desde abril de 2017, o rotativo do cartão de crédito tem novas regras. O consumidor pode usar o crédito por apenas 30 dias. Com isso, no mês seguinte, o consumidor deve quitar o valor total da fatura, com juros do rotativo, ou tentar um acordo com a instituição para o refinanciamento da dívida. As novas regras disponibilizam outras formas de parcelamento, trocando o mau uso do rotativo.

O valor mínimo não será mais de 15% do valor total da fatura. Cada operadora poderá estipular um percentual de pagamento mínimo, de acordo com o perfil de cada cliente. Também acaba a distinção entre rotativo regular e não regular. Os bancos e operadoras de cartão só poderão cobrar a taxa do rotativo regular, previsto em contrato. No caso de inadimplência, poderá ser cobrada multa e juros de mora.

O uso do crédito rotativa foi limitado a somente 30 dias. Se na fatura seguinte o cliente não conseguir efetuar o pagamento total, o banco deverá disponibilizar uma linha de crédito com juros mais baixos para pagamento da dívida. O objetivo é forçar as pessoas a resolverem a pendência do cartão de crédito ao invés de aumentarem o valor da dívida utilizando linhas de crédito com juros mais altos.

NOVAS REGRAS DO CRÉDITO ROTATIVO

Como era antes

Como é agora

PAgamento mínimo de 15% do total da fatura

Pagamento mínimo será um percentual definido pelo banco conforme o perfil do cliente

Cliente pode pagar qualquer valor entre o mínimo e o total da fatura

Não muda

Cliente pode pagar qualquer valor abaixo do mínimo

Não muda

Quando paga entre o mínimo e o total, cai no rotativo regular

Não muda

quando paga abaixo do mínimo ou não paga, cai no rotativo não regular

Não existe mais rotativo não regular, porém, o banco poderá cobrar multa e juros de mora

taxas diferentes para o rotativo regular e o não regular

Só pode ser cobrada a taxa do rotativo regular, prevista em contrato

Cliente pode usar o rotativo indefinidamente

Só pode usar o rotativo por 30 dias, após isto o banco deve oferecer linha de crédito com taxa mais baixa

Vale lembrar que a multa será de 2% (cobrada uma única vez) e os juros de mora serão de 1% ao mês (no máximo). Lembre-se que há diversas taxas e tarifas cobrada pelo banco para conceder empréstimos, por isso consulte o Custo Efetivo Total (C.E.T.).

A melhor opção é fazer um esforço e quitar o valor total da fatura sem utilizar o rotativo ou outras linhas de crédito do banco. Por isso, gaste com sabedoria!

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