CTA para simulação de empréstimo

O brasileiro já se acostumou a acompanhar o sobe e desce das taxas de juros. Afinal, as dívidas com o cheque especial, cartão de crédito, financiamento e empréstimos atormentam muita gente.

Mas, o que são juros? Você sabia que existem duas fórmulas para calcular os juros?

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Entenda a diferença entre juros simples e compostos para não se complicar.

O que é

Juro é a remuneração que o dono do dinheiro recebe por abrir mão do mesmo e emprestá-lo para outra pessoa.

Essa remuneração é calculada aplicando-se um percentual sobre o valor emprestado.

Este percentual é a taxa de juros.

Existem duas formas de se calcular os juros: os juros simples e o composto.

Os juros compostos é a fórmula mais utilizado. É a fórmula utilizada no mercado financeiro em cálculo de financiamentos e empréstimos.

Os juros simples são pouco comuns, sendo mais utilizados em operações de curtíssimo prazo.

Juros simples

Na fórmula de juros simples a taxa percentual é aplicada somente sobre o valor inicial.

Sendo assim, o valor dos juros será constante ao longo do tempo.

Vamos dar um exemplo: uma pessoa faz um empréstimo de R$1000,00 com uma taxa de 5% ao ano, por um período de 3 meses.

A fórmula de cálculo de juros simples é F = P (1+i x n), onde F é o valor Futuro, o total ao fim do período; P é o valor Presente, o valor original da dívida; i é a Taxa de juros; n é o Período, o tempo total de capitalização.

Aplicando a fórmula teremos: F = 1000 (1+0,05 x 3) → F = 1000 (1+0,15) → F = 1000 (1,15) →       F = 1.150,00.

Nesta fórmula, o valor dos juros será de R$ 50,00 ao longo de todo o período (neste exemplo, 3 meses).

MêsMontante no início do mêsJuros do mêsMontante no final do mês
11000,0050,001050,00
21000,0050,001100,00
31000,0050,001150,00

O resultado é bem diferente quando utilizamos a fórmula de juros compostos.

Juros compostos

A fórmula de juros compostos é a mais utilizada.

Também é conhecida como juros sobre juros. Isto porque o cálculo é feito aplicando-se a taxa percentual não só sobre o valor original, mas, somando-se os juros do período imediatamente anterior.

Vamos dar um exemplo utilizando os mesmos dados do modelo anterior: uma pessoa faz um empréstimo de R$1000,00 com uma taxa de 5% ao ano, por um período de 3 anos.

Com isso, o resultado será: juros do 1º mês = 5% de R$1000,00 = R$50,00; 2º mês = 5% de R$1050,00 = R$52,50; 3º mês = 5% de R$1102,50 = R$55,12. O total de juros será de R$157,62 e o total da dívida, obviamente, será de R$1.157,62.

MêsMontante no início do mêsJuros do mêsMontante no final do mês
11000,0050,001050,00
21050,0052,501102,50
31102,5055,121157,62

A fórmula matemática é F = P (1+i) ⁿ, onde F é o valor Futuro, o total ao fim do período; P é o valor Presente, o valor original da dívida; i é a Taxa de juros; n é o Período, o tempo total de capitalização.

Aplicando-se a fórmula matemática: F = 1000 (1+0,05)³ → F = 1000 (1,05)³ → F = 1000 (1,16) → F = 1157,62.

É muito importante conhecer a diferença entre juros simples e compostos. Muitas pessoas ignoram este fator fundamental e acabam se endividando por conta do “efeito bola de neve” causado pelos juros compostos.

Sistema Islâmico, já ouviu falar?

O Islamismo é uma das maiores religiões do mundo, com cerca de 1,2 bilhões de seguidores.

Em muitos países, os praticantes desta religião são conhecidos por serem empreendedores natos e grandes comerciantes.

A atividade financeira também deve seguir a lei islâmica (sharia) que, entre outras coisas, proíbe a cobrança de taxas de juros sobre empréstimos já que isto é considerado usura (riba) o que, por sua vez, é um pecado grave no mundo islâmico.

Com isso, os financiamentos funcionam de maneira diferente. Na aquisição de um imóvel por exemplo, o banco compra o imóvel e o revende para o cliente. Como a obtenção de lucro não é necessariamente proibida, o banco revende com uma margem de lucro nas parcelas que serão pagas pelo cliente e ainda fica como proprietário até a quitação total das parcelas.

O mesmo sistema também é utilizado em outras operações como no financiamento de veículos.

O sistema financeiro islâmico é muito importante para o desenvolvimento de países onde esta é a religião majoritária. Também são realizadas operações com o Poder Público em Hong Kong e Reino Unido, envolvendo obras de infraestrutura e a aquisição de títulos públicos.

A Olimpíada de Londres – em 2012 – foi realizada contando com operações de financiamento realizadas por bancos islâmicos.

Seria interessante que tivéssemos este tipo de sistema aqui no Brasil. Enquanto isso não acontece, mantenha um olho na taxa de juros e outro na fórmula.

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