Quem vai ingressar no estudo de nível superior deve conhecer e planejar os gastos para evitar maiores problemas ao longo do curso. Esse cuidado deve ser tomado até mesmo por quem vai estudar em universidades públicas.
Antes de tudo: Ensino presencial x Ensino à distância
Cada modalidade de ensino tem suas vantagens e desvantagens e isso tem que ser levado em conta na hora de escolher qual a opção mais adequada para a sua realidade.
Quem decide estudar com aulas presenciais tem que se preparar para arcar com os custos de deslocamento (passagens de transporte público ou combustível) e alimentação, que acaba saindo mais cara quando feita fora de casa. Por outro lado, o ensino presencial proporciona maior interação entre alunos e professores e isso facilita bastante o processo de aprendizagem. Nas aulas presenciais também é muito mais fácil fazer contatos profissionais e aumentar a rede de influência, ponto importante para quem deseja ingressar no mercado de trabalho ou buscar uma oportunidade melhor em outra empresa.
Já quem prefere estudar à distância tem mais flexibilidade, ou seja, pode estudar em casa, no transporte ou no clube, para citar alguns exemplos. E o aluno se desgasta bem menos porque não perde tempo no trânsito, evita aglomerações e atrasos, não pega chuva e nem fica vulnerável à violência das ruas. Apesar de não gastar com o transporte e gastar menos com a alimentação, quem estuda de casa tem custos com energia elétrica, impressão de documentos e materiais didáticos, serviço de internet e ainda pode ter que gastar com móveis adequados (cadeiras, mesas, luminárias etc.) para garantir certo conforto na hora dos estudos.
Veja quais são os gastos mais comuns na universidade
Taxa de matrícula
É uma cobrança que a maioria das universidades faz no início do ano letivo, com o intuito de reservar a vaga para o aluno. Porém, segundo o Procon-SP as escolas e universidades não podem cobrar taxa de matrícula e rematrícula, a não ser que o valor cobrado seja abatido das mensalidades. É importante ficar atento a essas práticas para garantir seus direitos e evitar gastos desnecessários.
Mensalidade
É o dinheiro pago todos os meses pelo aluno em troca dos serviços de educação fornecidos pelas instituições de ensino particulares. Antes de escolher uma faculdade ou universidade é recomendável comparar os valores das mensalidades cobradas e verificar se elas cabem no seu orçamento sem prejudicar outros gastos importantes como alimentação e contas de consumo.
É claro que o preço da mensalidade não deve ser o único fator de decisão para a escolha de um curso superior, mas deixar de considerá-lo pode ser uma má ideia para suas finanças. O mais indicado é fazer uma análise de custo x benefício, considerando a qualidade do ensino, os recursos disponíveis e o valor a ser gasto com eles. Hoje existem algumas iniciativas como os financiamentos estudantis e as provas de bolsas de estudo, que podem ajudar o aluno a custear as mensalidades com mais tranquilidade, mas é importante tirar boas notas e manter o controle nos pagamentos para não perder os benefícios.
Transporte
Quem estuda na modalidade presencial ou estudo híbrido precisa se deslocar de casa ou do trabalho até a faculdade e esse deslocamento tem um custo que deve ser colocado na ponta do lápis. Gastos com combustível e estacionamento são comuns aos alunos que possuem veículo próprio e quem não tem acaba gastando com transporte público, vans particulares ou carona.
Alimentação
Não dá pra cumprir a carga horária diária da faculdade de barriga vazia e para resolver essa questão as cantinas e lanchonetes das universidades oferecem uma variedade de lanches, bebidas e até refeições completas. Matar a fome nos intervalos das aulas tem um custo e ele também deve ser colocado na conta ao simular os gastos com os estudos.
Fora isso, para aqueles que passam a morar sozinhos durante o período de graduação, os custos com alimentação também incluem as refeições preparadas em casa. A dica para economizar, tanto tempo quanto dinheiro, é se planejar e preparar as refeições em um dia da semana, assim você consegue comprar quantidades maiores e ter mais desconto, além de não gastar tempo cozinhando no dia a dia.
Moradia
Atraídos por melhores oportunidades de estudo e trabalho, muitos jovens trocam sua cidade de origem por grandes centros urbanos. Essa mudança acaba aumentando os gastos desses jovens que, até então, moravam com a família ou mesmo sozinhos, mas com um custo de vida bem mais baixo. O valor do aluguel de um imóvel em cidades com grande oferta de cursos superiores é bastante elevado se comparado com as cidades de onde esses jovens saíram. É mais uma despesa que não pode ficar de fora na hora de avaliar os custos dos estudos.
Materiais e equipamentos
O estudo de nível superior exige gastos que vão além do preço fixado em contrato e é comum o aluno ter que arcar com materiais de apoio como livros, apostilas e principalmente, equipamentos eletrônicos.
Além disso, muitas disciplinas ou cursos específicos podem demandar outros itens como calculadoras financeiras ou científicas, ferramentas de medição, instrumentos técnicos, uniformes e até tablets que devem ser adquiridos pelo aluno.
Para tornar o custo mais leve no bolso, você pode procurar a instituição para entender quais os itens necessários ou até mesmo entrar em contato com universitários do curso que deseja fazer para saber se existem grupos de desapegos que você possa adquirir alguns itens com valor mais acessível.
Como se preparar para esses gastos?
Com exceção da mensalidade, que só é cobrada pelas faculdades e universidades particulares, todos os outros gastos que citamos acima fazem parte do pacote de ensino que cada estudante de curso superior tem que pagar, mesmo aqueles que conseguiram passar em um vestibular público. Por essa razão, faz-se necessário um planejamento detalhado sobre os custos totais que o estudante terá na graduação. É um erro primário e, infelizmente muito comum, considerar apenas o valor das mensalidades na hora de avaliar qual instituição de ensino será mais viável. Como vimos, o aluno tem outras necessidades a serem atendidas fora o pagamento da faculdade ou universidade e essas necessidades têm um preço que não deve ser ignorado.
Pesquisar com antecedência o preço das mensalidades é algo bastante comum, mas isso também deve ser feito para os outros gastos. Nem sempre o curso mais barato oferece um custo total vantajoso porque o aluno que mora longe da universidade terá gastos com transporte, alimentação e moradia, que podem não compensar.
Uma vez escolhida a instituição de ensino e o curso, já conhecendo todos os custos, é hora de analisar o orçamento e verificar se é possível estudar bancando tudo ou se é necessário um esforço maior através de cortes ou reduções nos gastos que não são prioridade para o aluno. Essa análise é fundamental e pode ser um fator decisivo na caminhada de sucesso rumo à graduação.
Tenha uma rede de apoio para essa nova etapa
Fica mais leve o desafio de financiar os estudos quando o aluno tem o suporte de pessoas próximas ou mesmo de outros alunos que estão passando pela mesma situação. Certamente vão surgir momentos de dificuldade no aprendizado e até aperto financeiro na caminhada estudantil, mas a probabilidade de solucionar esses problemas de maneira eficaz é maior quando eles são compartilhados com uma rede de apoio confiável. Aliás, essa é a ideia da Comunidade JB, juntar pessoas com necessidades e vontades diferentes, mas que tenham em comum o desejo de evoluir financeiramente através do conhecimento e da troca de experiências.
Acesse https://bemestar.jurosbaixos.com.br/comunidade, participe e compartilhe.
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