Hoje em dia o cartão de crédito está na carteira de quase todos os brasileiros. Com a comodidade de crédito aprovado para o parcelamento de compras, ele tem sido usado muitas vezes sem planejamento, o que causa endividamento por parte dos consumidores. Mas não é preciso se desesperar com essa situação, a solução está em negociar as dívidas.
Confira a seguir como fazer a negociação das dívidas em seis passos simples.
A culpa não deve ser atribuída apenas para o consumidor que comprou demais, mas também para a crise econômica em que o Brasil está vivendo. Atualmente, inúmeros brasileiros ficaram inadimplentes porque ficaram desempregados, e consequentemente, a dívida não foi a prioridade na hora de usar o dinheiro.
Independente do motivo que levou o consumidor ao endividamento, é importante lembrar que sempre há uma solução para qualquer problema, inclusive esse. Nesse caso, a solução mais simples é negociar diretamente com a empresa em que o consumidor ficou inadimplente e fazer um acordo em que as duas partes se beneficiem.
Mesmo que seja simples, a negociação deve ser feita da maneira correta para que ninguém saia perdendo.
Esse é o primeiro e o mais importante passo, pois quem quer negociar precisa ter em mente o valor total da dívida. Além disso, é importante anotar o valor inicial da dívida, que deve ser o valor que deveria ter sido pago normalmente, e o valor acrescido de juros. A negociação deve ser feita em cima do valor inicial, pois essa é a dívida assumida pelo consumidor.
Após identificar esses dois valores e anotá-los no papel, é preciso também planejar a melhor forma de pagamento e o valor que pretende pagar. Sem prejudicar o orçamento familiar, o valor deve ser pago à vista para que não acarrete em um outro endividamento, mas se não for possível é preciso planejar e colocar no papel qual seria o valor mensal para o pagamento dessa dívida.
Com o valor da dívida e todo o planejamento para a quitação em mãos, você deverá comunicar a central de atendimento do cartão de crédito sobre o seu desejo de negociar as contas que não foram pagas. Não é preciso ter medo ou se justificar por não ter conseguido pagar, pois os credores veem o interesse do inadimplente como um ponto positivo.
O CET é o valor total atualizado do quanto você precisa pagar, desde a dívida inicial aos encargos como, taxas de administração, seguros do cartão, impostos, entre outros. A central de atendimento tem obrigação de informar o CET de qualquer conta aos seus clientes, por isso não se limite ao questionar esse e outros dados que forem importantes.
Há inúmeras vantagens em pagar o valor total à vista, tanto para você quanto para o credor. Para o credor, ele irá receber o pagamento pela dívida de uma só vez, garantindo que outra nova dívida não seja feita. E para você a vantagem é ficar livre dessa conta o quanto antes, evitar mais juros e taxas embutidas as parcelas, e ainda não correr o risco de se endividar também nessa negociação.
Mas nem sempre o orçamento familiar permite que a dívida seja quitada dessa maneira. Nesse caso, é importante parcelar a dívida em um valor fixo ao mês, para que você não corra o risco de se endividar com uma parcela maior do que a esperada. Também evite pagar o mínimo do cartão, pois dessa forma a dívida só irá continuar para o próximo mês.
Não importa se a dívida será finalmente quitada, se a proposta for muito abusiva ou não estiver de acordo com o seu orçamento ela deve ser recusada. A negociação serve para que ambas as partes possam se beneficiar, então não há motivos para não recusar se a proposta não for boa. Assim como não há motivos para não especular uma proposta melhor.
Atualmente, as taxas de juros do cartão de crédito subiram muito ultrapassando os juros cobrados pelos empréstimos de alguns bancos. Sendo assim, se o pagamento à vista for muito mais barato que o total a prazo, vale a pena fazer um empréstimo para quitar a dívida mais cara. Mas é preciso calcular e planejar para que a segunda dívida também não se torne um problema.
Aprenda a negociar também os juros da dívida.
Nesse caso é preciso recorrer a alguns grupos e associações especializadas no assunto, elas são: PROCON – Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor e o Andif – Instituto Nacional de Defesa dos Consumidores do Sistema Financeiro. Essas associações irão orientar e ajudar no processo de negociação entre as duas partes.
Uma das ações que podem ser feitas por essas associações é a de bloquear a dívida, já que o banco não se pronunciou para negociar. Primeiramente é feito uma investigação sobre os dados da dívida, como o valor inicial e os juros cobrados, e em seguida o bloqueio é feito para que o consumidor possa negociar a partir do dia em que solicitou ao banco.
Essa não é uma tarefa muito simples, mas é possível se o consumidor souber conversar. Geralmente, as instituições financeiras estão interessadas em receber o valor inicial, para que a dívida de fato seja quitada. Evidente que os juros cobrados também são vantajosos para elas, mas eles não passam de uma garantia de que terão algum retorno caso o consumidor torne a ficar inadimplente.
Por isso, a negociação permite que os juros sejam abatidos principalmente se o pagamento for feito à vista. Como cada caso é um caso, o banco irá avaliar as oportunidades ofertadas pelo cliente e decidirá se é possível reduzir os juros ou até eliminá-los para que a conta seja quitada o quanto antes. Para isso é preciso conversar e relatar o desejo de eliminar ou diminuir os juros para facilitar o pagamento.
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