Financiar o carro com o banco da montadora é uma alternativa que costuma parecer mais vantajosa. Afinal, o consumidor que está na concessionária quer fechar o negócio o quanto antes, e essa pode ser ótima alternativa para tal.
Contudo, é fundamental avaliar bem o financiamento com o banco da montadora. Até mais do que é indicado avaliar qualquer tipo de financiamento. Isso porque, o compromisso pode pesar no bolso se não for bem avaliado.
Como as montadoras têm grande interesse em vender seus automóveis, é comum que ofereçam boas condições ao consumidor. Taxas mais baratas, parcelas mais baixas. As empresas ainda negociam pelo consumidor, e por isso podem, várias vezes, obter descontos diferenciados do banco.
Devido a essas condições, porém, os requisitos para a obtenção do financiamento são mais rígidos. Dificilmente um consumidor com histórico de mau pagador, por exemplo, vai obter a oportunidade. Ou seja, mesmo que seu nome hoje esteja “limpo”, ter deixado contas sem pagar em algum momento da sua vida financeira pode diminuir consideravelmente suas chances.
As montadoras ainda podem pedir garantias maiores. Assim como um valor maior de entrada para o financiamento. Em um financiamento bancário comum, a taxa de entrada do parcelamento pode corresponder a até 20% do custo do bem. Para um carro de R$40 mil, por exemplo, esse custo inicial poderia ser de R$8 mil!
Antes de escolher o tipo de financiamento para seu automóvel, entretanto, é importante avaliar mais do que os juros e a taxa de entrada. É fundamental considerar o Custo Efetivo Total (CET) da transação, que inclui toda e qualquer taxa e prestação que farão parte do contrato. Como os próprios juros, taxas de seguro, parcelas e mais.
Saber o CET do banco da montadora é interessante para que você possa compará-lo ao de outros bancos. Nunca feche o negócio com o primeiro banco antes de pesquisar todos os custos e condições disponíveis no mercado. O banco com o qual o cliente já tem relacionamento, por exemplo, costuma oferecer condições bastante atraentes, uma vez que já possui certa confiança de pagamento do seu cliente.
Com todas as simulações em mão, compare os prazos para pagamento, valores e entrada e juros. Caso o banco da montadora solicite alto custo de entrada, o requisito pode ser um problema para quem não tem dinheiro guardado. Um financiamento bancário comum, porém, pode não solicitar tanto e ter taxa de juros razoável.
Além disso, é importante lembrar que existem outras formas de financiamento de veículos disponíveis no País. Como o leasing, em que o banco compra o bem e o “aluga” ao consumidor até que as parcelas sejam completamente quitadas. A opção costuma possuir taxas e prestações menores.
Já o consórcio é uma boa alternativa para quem pode aguardar pelo bem. Afinal, o recurso entrega os valores ao consumidor apenas quando este é sorteado. Os sorteios acontecem mensalmente, e podem ocorrer em qualquer momento entre o primeiro e último dia de contrato.
Assim, financiar o carro com o banco da montadora pode ser interessante, mas apenas após a comparação com várias outras opções. Pesquise!
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