Se você está com problemas para pagar as dívidas, deve conhecer seus direitos e dicas para quitar tudo.
O número de inadimplentes no Brasil é alto, e mostra a dificuldade em manter as contas em dia no país.
Para se ter uma ideia, em dezembro de 2020, o número de negativados chegou a 61,4 milhões de pessoas. E o problema é que as dívidas tendem a se acumular, e a acumular juros, o que torna seu pagamento mais custoso.
Mas na hora de cuidar das finanças, o parcelamento de dívidas pode ser uma boa solução. Com essa estratégia, você pode reorganizar as parcelas, de modo que elas caibam no seu orçamento.
Assim, será mais simples findar o débito e conseguir a saúde das finanças novamente. Falamos sobre tudo isso abaixo. Continue lendo!
Existem várias formas de fazer o parcelamento de dívidas, e elas variam conforme o tipo da dívida e o seu credor. Ou seja, conforme o banco, a financeira, a loja de que você comprou etc.
Por isso, na hora de parcelar seus débitos, é importante conferir como proceder no seu caso. Pode ser que o parcelamento seja feito pessoalmente ou por telefone, por exemplo.
Muitas empresas hoje também facilitam essa negociação, garantindo a opção por meio de um aplicativo ou site. Confira o que você pode fazer.
Uma dica para conseguir o parcelamento é começar planejando seu orçamento. Coloque na ponta do lápis a sua renda, seus gastos mensais e quais são os débitos em aberto.
A partir daí, você conseguirá visualizar, primeiro, quais dívidas são prioritárias. Normalmente, são aquelas com juros mais altos, pois elas podem trazer grandes dores de cabeça ao longo do tempo.
Porém, pode ser também que você precise fazer uma nova compra com a loja a que deve, por exemplo. Então, essa dívida deve ser colocada no topo da sua lista de pagamento.
Com seu planejamento financeiro, você também vai conseguir visualizar o quanto pode gastar para o parcelamento de dívidas. Assim, na negociação com o credor, você poderá combinar condições que realmente atendam ao seu orçamento.
Afinal, de nada vai adiantar parcelar a dívida e não conseguir pagá-la depois. Se isso acontecer, você terá perdido seu tempo e ainda pode encontrar dificuldades em fazer uma nova negociação com o credor.
Para conseguir pagar em dia, programe seus gastos, corte despesas supérfluas e, se for possível, pense formas de obter uma renda extra.
Na hora de parcelar uma dívida, o consumidor tem alguns direitos básicos. É importante entrar em uma negociação conhecendo esses direitos. ]
Assim, você terá mais facilidade de apontar ao credor qualquer irregularidade que perceber. Veja abaixo.
As famosas “letras miúdas” não podem existir no parcelamento de dívidas. Na hora de negociar os valores, o consumidor deve ter acesso claro a todos os dados, todos os custos e condições do combinado.
Se as informações forem imprecisas ou o cliente se sentir lesado, por não ter sido informado sobre algo, ele pode procurar pelo auxílio de Órgãos de Defesa do Consumidor.
Bens como salários e pensões não podem ser penhorados para o pagamento de dívidas. Se o credor lhe disser o contrário ou tentar usar bens assim para o pagamento, de forma coercitiva, não aceite de modo algum.
Não é porque a credora aceitou negociar o débito, que você é obrigado a aceitar a proposta. Se não achar a opção de parcelamento interessante, você pode dizer não e deixar a dívida em aberto.
Claro, pode ser que isso gere a inserção do seu nome em Órgãos de Proteção ao Crédito, por exemplo. Mas isso é algo a que as empresas têm direito, e elas não podem querer obrigar você a pagar a dívida.
Todo consumidor tem o direito de ser tratado com respeito e dignidade durante uma negociação de dívida.
Inclusive, o credor não pode usar de ameaças, coerção, humilhação, nem nenhuma outra “tática” que provoque mal-estar.
Também é um direito do consumidor ser notificado antes que seu nome seja inserido em Órgãos de Proteção ao Crédito. Como no SPC ou Serasa.
Depois de fazer a negociação da dívida e pagar a primeira parcela, o consumidor também tem direito a ter seu nome retirado desses órgãos. Mas, para manter seu nome limpo, será preciso manter as parcelas em dia. Do contrário, ele poderá ser inserido novamente no SPC ou Serasa.
Para sair das dívidas e depois evitar ter problemas novamente, é essencial se educar financeiramente.
Isso significa que é preciso, primeiro, entender qual sua renda e seus gastos. A partir daí, você poderá fazer um planejamento financeiro e segui-lo, para evitar fazer novos débitos.
Outra dica é estabelecer metas, de curto, médio e longo prazo. Podem ser metas simples, desde o pagamento da dívida, até outras mais amplas, como juntar determinado valor em determinado prazo.
Isso ajuda a organizar o orçamento e evitar gastos desnecessários. O que, aliás, também é parte fundamental da educação financeira.
Atenção para não realizar compras e gastos supérfluos ou por impulso. Esses são fatores que levam as dívidas e, então, você vai começar todo o ciclo de débitos novamente.
Na hora de parcelar suas dívidas, é essencial ter cuidado, em vários sentidos. Começando por saber seus direitos e garantir que o credor não desrespeite-os.
Além disso, é importante se programar para o pagamento da dívida, antes mesmo do parcelamento. Do contrário, você poderá aceitar uma proposta que não cabe no seu orçamento.
Se isso acontecer, além de dores de cabeça, você pode ter dificuldade de negociar novamente. Isso já que o credor pode não estar aberto novamente a uma negociação.
Claro, as condições que você vai encontrar dependem da dívida e do credor dos valores. Então, lembre-se de conversar bastante com a empresa antes de aceitar uma proposta.
O ideal é conhecer todos os aspectos do parcelamento, para ter a certeza de que ele é vantajoso ao seu caso. Do contrário, você poderá parcelar um débito difícil de pagar ou com condições pouco atrativas. O que você não deseja de jeito nenhum, não é mesmo?
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