No primeiro semestre de 2025, as stablecoins atreladas ao dólar (como USDC e USDT) responderam por 35% das compras de cripto no Brasil na Bitso, um grande avanço sobre o relatório anterior (26%). O USDC liderou as aquisições com 24%, seguido por USDT (11%).
Na média da América Latina, a fatia das stablecoins chegou a 46%, em alta frente a 2024 (39%) e 2023 (30%). Esses dados ajudam a explicar por que a expressão “cripto dólar” entrou de vez no vocabulário do investidor brasileiro este ano.
Há também um pano de fundo tributário. Enquanto o IOF-câmbio foi uniformizado em 3,5% para cartões internacionais, compra de moeda em espécie e outras operações de câmbio, a compra doméstica de stablecoin em reais, hoje, não é tratada como operação de câmbio.
O que, na prática, a deixa fora do alcance do IOF-câmbio e torna o cripto dólar um atalho para proteger poder de compra em USD ou realizar pagamentos ao exterior com menor atrito. É um dos fatores por trás da procura cada vez maior. Na hora de escolher onde comprar, muita gente compara exchanges locais/internacionais e negociação entre pessoas.
Quem prefere negociar diretamente com outros usuários, com oferta de escrow e verificação, precisa avaliar taxas e reputação antes de apontar a melhor corretora p2p para o seu perfil, especialmente se a ideia é fazer compras pontuais de stablecoin para hedge cambial, e não manter custódia por longo prazo.
Decretos publicados em 22 e 23 de maio e 11 de junho de 2025 ajustaram o regulamento do IOF e unificaram em 3,5% as alíquotas de operações de câmbio comuns para gastos pessoais no exterior (cartões internacional, pré-pagos, compra de espécie, cheques de viagem).
Além de definirem 0,38% na entrada e 3,5% na saída para operações não especificadas. A medida foi alvo de idas e vindas políticas e judiciais, mas a referência de 3,5% em câmbio se consolidou no noticiário econômico e em materiais oficiais.
Já a compra de stablecoin em reais numa exchange brasileira, operação doméstica com criptoativo, não é classificada como câmbio pela regra atual, razão pela qual não sofre IOF-câmbio.
Ao mesmo tempo, o Banco Central encerrou em 28/02/2025 a Consulta Pública nº 111/2024, que trata justamente da inclusão de serviços de ativos virtuais no mercado de câmbio. Se essa regulação avançar nos termos discutidos, o entendimento tributário pode mudar adiante (inclusive para fins de IOF).
No entanto, o apetite por cripto dólar não é exclusividade brasileira. Na região, as stablecoins chegaram a 46% das compras no semestre. Há grandes diferenças por país. O USDC lidera em Brasil, México e Colômbia, enquanto na Argentina o USDT predomina e respondeu por 78% das compras.
Refletindo, assim, a dinâmica local de arbitragem e preferência histórica pelo dólar. No Brasil, a fatia de stablecoin cresceu sem deslocar o interesse por Bitcoin como reserva, criando um dois-em-um, stablecoin para transacionar/hedgear e BTC para carregar.
Mesmo quando não há IOF-câmbio, obrigações fiscais existem. A IN RFB 1.888/2019 criou o dever de reportar mensalmente operações com criptoativos. As exchanges brasileiras já informam.
A pessoa física precisa informar quando opera fora de exchange nacional (P2P direto, DEX ou corretora estrangeira) e ultrapassa R$ 30 mil em um mês, com entrega até o último dia útil do mês seguinte às operações.
Quanto ao Imposto de Renda, permanece a isenção para alienações de até R$ 35 mil/mês, somando tudo que foi vendido no Brasil ou no exterior (stablecoins incluídas). Ultrapassado o limite, há ganho de capital a apurar e tributar conforme as regras vigentes.
É prudente guardar comprovantes, extratos, hashes de transação e registrar a origem dos recursos, além de evitar confundir compra de cripto com compra de dólar em espécie na hora de preencher declarações.
Em operações transfronteiriças, é necessário recordar que remessa é câmbio. Se o usuário manda reais para fora para comprar cripto, há IOF. O inverso, comprar stablecoin em reais, no Brasil, é outra natureza jurídica hoje, mas a Consulta Pública 111 sinaliza que o Banco Central pretende integrar serviços com ativos virtuais ao mercado de câmbio.
Apesar da explosão do “cripto dólar”, o Bitcoin segue como carro-chefe das carteiras no país. O Brasil aparece com 65% de BTC na composição média dos saldos por usuário. Em julho, o ativo renovou sua máxima histórica, tocando 123 mil de dólares e, em agosto, chegou a ultrapassar 124 mil de dólares.
Movimento que reforça a leitura de reserva de valor para manutenção de patrimônio, enquanto stablecoins cumprem o papel de moeda de troca e proteção cambial de curto prazo.
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