A exigência de um fiador pode ser um empecilho para financiamentos. Não é fácil encontrar quem deseje colocar seu nome como garantia de uma dívida, mesmo quando você tem certeza que conseguirá pagá-la. Imagine então quando os valores em questão serão responsáveis pela graduação em um curso superior, quando é comum que o aluno não tenha renda fixa! Por isso, na hora de parcelar um curso seria interessante poder contar com opção sem fiador, não é mesmo? Pois ela existe!
Intitulada Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc), a alternativa utiliza recursos do Tesouro Nacional e títulos transferidos pelo Fies a instituições participantes. Gerenciados pela Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil, os valores podem ser requeridos para financiamento dos mais variados cursos, parcelando até 90% do custo da faculdade.
O fundo pode ser utilizado por alunos beneficiados pelo Fies (Financiamento Estudantil), sejam eles:
Os estudantes que desejarem parcelamento sem fiador também precisam ter renda familiar mensal por pessoa de até um salário mínimo e meio. Aqueles matriculados em cursos de licenciatura também contam com o benefício.
Recursos do Fgeduc estão disponíveis a alunos de baixa renda que buscam financiamento estudantil pelo Fies.
O Fgeduc funciona como o fiador, a garantia de que o estudante preciso para aprovar seu financiamento. Desta forma, torna-se mais fácil conseguir a aprovação necessária de crédito.
Para conseguir financiamento por meio do Fgeduc, o graduando deve verificar primeiro se a instituição em que estuda é adepta do programa.
Nem todas as empresas fazem uso da opção. Quando este for o caso, é possível contar com outros tipos de financiamento, como o Parcelamento Estudantil Privado (PEP) e o PraValer, que atende a várias faculdades.
A opção pelo parcelamento pode ser solicitada a qualquer momento do curso, independente do mês ou das prestações já pagas. O desejo de usufruir da modalidade deve ser apresentado à universidade, que analisará a possibilidade de adesão ao pedido e aprovará ou não o financiamento junto ao Governo Federal.
Os adeptos do Fies contam com o benefício da baixa taxa de juros anual. Até o fim de 2017, os contratos firmados arcarão com 6,5% de encargos por ano de pagamento, enquanto a partir de 2018 irão variar entre 0% e pouco mais de 3%, de acordo com a renda familiar por pessoa.
Fies tem a menor taxa de juros do mercado, e por isso é ótima opção mesmo que sem fiador.
O prazo para pagamento da dívida também é interessante. O formando conta com período de carência para organizar as finanças e só então iniciar a quitação da sua graduação. Em contratos feitos até este ano, o período de 18 meses; em 2018, o início do pagamento deverá começar assim que o ex-aluno for contratado em emprego formal.
Para que não comprometa a renda do novo profissional, as parcelas não podem ser superiores a 10% da renda mensal do devedor.
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